Quantas vezes em nossas vidas, a gente vive uma história prevendo qual será seu fim. O bom é que aqueles precavidos tem tempo suficiente pra ir se preparando, emocionalmente, psicologicamente, ou seja lá como queira se preparar. Mas Deus é tão bom, tão sábio, que realmente prepara, e como. E quando a gente menos espera, a gente se dá conta que está diante daquela situação que a gente previa, e que achava que ia ser um Deus nos acuda. Mas enfim, a situação chega e feito gente grande, a gente consegue tirar de letra tudo que vê, ouve, sente. E se pergunta: - Ãnh? Como assim? Essa sou eu?
De certa forma eu consigo entender, por mais individualista e egocêntrica que eu seja, eu até me coloco no lugar dos outros. Quando a gente gosta de alguém de verdade a gente fica cego, surdo e mudo, isso é fato. Mas a gente tem uma capacidade enorme também, de excluir de nossas “área de trabalho”, muitos sentimentos, situações, mágoas, que não nos servem mais, que a gente cismou por muito tempo em deixar aquele atalhozinho lá, por puro comodismo ou por qualquer outro motivo. Mas chega uma hora que realmente tem que se fazer uma limpeza, e deletar aqueles pequenos atalhos, que muitas vezes impediu de alguma forma uma mudança de vida, de planos, ou até mesmo de ser uma pessoa melhor. É difícil apagar certas coisas, se desfazer de alguns sentimentos (por mais forte que eles sejam), mágoas, porém muitas vezes é necessário, mesmo que doa, e muito.
Diante da situação que mais temia durante tanto tempo, eu mais aprendi com ela, do que sofri. Aprendi, que muitas coisas devem ser apagadas sim, limpar a “área de trabalho” faz a gente ficar mais leve, mesmo que alguns desses atalhos fiquem lá na lixeira por um bom tempo – e a qualquer momento você pode ir lá e restaurar-, mas o que importa mesmo é que ao menos conseguir fazer uma limpeza na minha área de trabalho, talvez ainda não esteja pronta, pra esvaziar a lixeira, mas pra mim já é um bom começo...
Por Sarah Miranda.
8/ago/2011
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